Estima-se que 1 em cada 10 mortes está relacionada à inatividade física
Todo mundo sabe que o tabagismo é
altamente prejudicial à saúde e que o hábito leva milhões de pessoas ao
óbito todos os anos. Mas um novo estudo publicado no The Lancet mostrou que o sedentarismo
pode ser tão prejudicial quanto fumar, uma vez que favorece o
desenvolvimento de inúmeras doenças crônicas, como o diabetes. A
pesquisa foi realizada pela Brigham and Women's Hospital e pela Harvard Medical School, nos Estados Unidos.
Os especialistas descobriram que
não praticar exercícios moderados por, pelo menos, 150 minutos durante a
semana (tempo recomendado pelo Centers for Disease Control and Prevention),
estava relacionado a 5,3 milhões de mortes no mundo em 2008. O número
representa 9% de todas as mortes anuais no planeta. O perigo do mau
hábito foi comparado ao do tabagismo, que mata cerca de cinco milhões de
pessoas todos os anos.
O número, entretanto, é
contestado por Timothy Armstrong, coordenador do programa de vigilância e
base-populacional da Organização Mundial da Saúde. Segundo ele, a
estimativa é de que a inatividade física seja responsável por 3,2
milhões de mortes por ano no mundo. Ainda assim, ele reforça que o
sedentarismo, de fato, é um importante fator de risco para inúmeras
doenças que podem matar, ficando atrás apenas da hipertensão, do
tabagismo e do colesterol alto.
Para começar a praticar
exercícios, nem sempre é necessário fazer grandes mudanças na rotina. Ir
ao trabalho de bicicleta, optar pelas escadas ao invés do elevador ou
descer alguns pontos antes do local onde você costuma sair do ônibus
também são maneiras de movimentar o corpo.
Conheça as doenças que você pode prevenir ao largar o sedentarismo
Você pode até enumerar uma lista
razões para não praticar exercícios - falta de tempo e de dinheiro
costumam ser as principais justificativas. Mas será que você realmente
conhece os perigos do sedentarismo? Veja a seguir algumas das principais
doenças relacionadas à inatividade física.
Diabetes
O aumento da gordura localizada, principalmente na região abdominal, é um dos principais fatores de risco para a resistência à insulina. Isso faz com que esse hormônio não consiga mais agir no organismo, resultando no aumento das taxas de açúcar no sangue.
Câncer
A obesidade é fator de risco para o desenvolvimento de alguns tipos de câncer, como o de próstata e o de mama, por isso, quem pratica exercícios e, consequentemente, tem maior controle sobre o peso, reduz o risco de ter a doença.
A obesidade é fator de risco para o desenvolvimento de alguns tipos de câncer, como o de próstata e o de mama, por isso, quem pratica exercícios e, consequentemente, tem maior controle sobre o peso, reduz o risco de ter a doença.
Hipertensão
Se você pensa que o coração de pessoas que são fisicamente ativas trabalha mais se enganou. Como o músculo não é regularmente exercitado, ele acaba se esforçando mais para fazer com que o sangue percorra todo o organismo. Assim, quem pratica exercícios aumenta a capacidade e a resistência cardiovascular.
Obesidade
Excesso de consumo de alimentos ou falta de estímulo para a queima de energia são os grandes responsáveis pela obesidade. Desse modo, além de ajustar a alimentação, é necessário movimentar o corpo para acelerar o metabolismo e, com isso, criar um equilíbrio que leve à manutenção do peso.
Osteoporose
Exercícios também ajudam na formação de massa óssea, reduzindo o risco de osteoporose. Além disso, atividades físicas ainda auxiliam na fixação do cálcio nos ossos.
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