sexta-feira, 8 de junho de 2012

Interromper a terapia hormonal pode encurtar vida de homens com câncer de próstata

Pesquisa afirma que tempo de vida pode aumentar até dois anos se tratamento for contínuo

Homens com câncer de próstata metastático que fazem terapia hormonal contínua podem viver até dois anos mais do que aqueles que interrompem o tratamento, afirma um estudo desenvolvido pela University of Michigan Comprehensive Cancer Center. A terapia hormonal consiste em interromper a produção de testosterona, responsável por aumentar os tumores de próstata. Muitas pessoas fazem o tratamento de forma descontínua para tentar conter os efeitos colaterais, que podem ser perda da função sexual, ondas de calor, ossos enfraquecidos e até problemas cardíacos. 

O estudo, divulgado na Sociedade Americana de Oncologia Clínica, foi feito com mais de 1.500 homens com câncer de próstata. Eles foram acompanhados durante quase uma década. O grupo foi dividido entre aqueles que fizeram a terapia hormonal contínua e os que fizeram a terapia intermitente. Analisando os resultados, os pesquisadores descobriram que a terapia contínua acrescentava anos de vida aos pacientes. 
Os autores afirmam que a terapia interrompida não deveria mais ser recomendada como tratamento inicial, ainda que os seus efeitos colaterais sejam menos nocivos. De acordo com eles, os homens precisam se refletir se eles estão dispostos a negociar ondas de calor com o acréscimo de dois anos de suas vidas. 
Previna o câncer de próstata

Tratamentos para câncer de próstata são eficazes, mas tem efeitos colaterais

Os tipos de tratamento variam de acordo com o grau do câncer e com a idade do paciente. Segundo o urologista André Cavalcanti, diretor da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), casos em que o câncer ainda não se espalhou por outros órgãos, e que a expectativa de vida do homem é de mais de 10 anos, recorre-se à prostatectomia radical. A cirurgia consiste na retirada total da próstata e dos tecidos linfáticos que a envolvem, podendo acarretar em disfunção erétil e incontinência urinária. "As duas sequelas apresentam estatísticas bem variáveis, de acordo com o estágio em que o tumor se encontrava e com a faixa etária do paciente. Mas, em geral, a incontinência urinária acomete menos de 10% dos homens, enquanto a disfunção erétil não chega a atingir 30% dos pacientes", tranquiliza o urologista. 

Radioterapia

A radioterapia entra como método alternativo para pacientes com alto risco cirúrgico ou que preferem driblar a cirurgia. Porém, o urologista Jorge Hallak, do Hospital das Clínicas, ressalta que o tratamento tem eficácia menor, se comparado com a retirada total da próstata. Mais um contratempo desta medida terapêutica é que o homem pode sofrer com efeitos colaterais, como irritação do colo e do reto e de tecidos próximos à próstata. "Como as radiações têm atuação local, os sintomas durante o tratamento se limitam à região da glândula", explica. 

Terapia hormonal

Quando a doença já está mais avançada, o especialista normalmente lança mão de hormônios que bloqueiam as elevações dos níveis de testosterona. "O câncer de próstata se alimenta de testosterona. Com o bloqueio hormonal, a tendência é que o tumor murche ou pare de crescer", explica André Calvanti. A cirurgia também pode ser recomendada nestes casos, para retirada dos tecidos que circundam a próstata. O uso de medicamentos entra em cena como mais uma linha de tratamento, levando em conta a situação de cada paciente. 

Cuidados no tratamento

Depois do tratamento e da esperada cura, o urologista André afirma que é importante fazer um acompanhamento constante dos níveis de PSA - proteína que indica indícios de tumor na próstata. "No primeiro ano pós-tratamento, é preciso verificar as taxas a cada três meses", diz André Calvanti. "Essa frequência vai aumentando com o tempo, mas é importante ver o paciente de seis em seis meses".

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