quinta-feira, 15 de março de 2012

Cuidados com a pele não devem ser deixados de lado no outono

O verão é uma estação do ano marcada pelos banhos de mar e de piscina, além do sol escaldante, que exige cuidados especiais com a pele. No entanto, a partir do próximo dia 20 de março, quem pede passagem é o outono, mas nem por isso as precauções devem ser deixadas de lado. Entenda alguns perigos da exposição da pele à água e quais são as doenças e os acidentes mais recorrentes.


Ficar debaixo da água protege a pele do corpo da radiação solar? Por quê?
Não, porque a água é transparente e não promove um bloqueio efetivo dos raios ultravioleta.

As substâncias utilizadas na limpeza da piscina como o cloro podem prejudicar a saúde da pele?
O cloro em especial agride a pele, fazendo com que haja uma xerodermia ou ressecamento. Os bactericidas e produtos contra as algas, usados no tratamento das piscinas, podem promover agressão à cútis. Para combater esse efeito, o melhor a se fazer é tomar uma ducha e aplicar um óleo ou hidratante. Deve-se procurar piscinas, clubes ou academias que usam o ozônio para tratamento da água, ao contrário do tradicional.

Quais são as recomendações para a pele de quem vai ficar exposto à água da piscina?
Usar filtro solar a cada 2 horas, que servirá também como barreira entre a pele e a água

O contato com a água salgada do mar por muito tempo traz algum efeito dermatológico? Quais são elese como preveni-los?

O sal desidrata a pele. Se ele permanecer em contato com a pele por longos períodos, esse efeito pode ser maior. Para evitar isso, é interessante uma ducha com água doce ou água de coco logo que sair do mar.

A água do mar ou da piscina pode trazer algum problema mais sério para alguém com um ferimento ou infecção na pele?
Sim. A água do mar ou das piscinas é repleta de micro-organismos capazes de promover infecções, por isso esse tipo de banho não está recomendado para quem possui qualquer tipo de ferimento aberto.

Quais são as doenças de pele mais comuns que podemos pegar em uma piscina ou no mar?
As doenças mais típicas adquiridas em piscinas ou mar são: queimadura solar, micoses, fitofotodermatoses (queimaduras com limão, por exemplo), larva migrans cutânea (bicho-geográfico) e acidentes com animais marinhos.

Uma água-viva entrou em contato com a minha pele em um banho de mar. O que devo fazer?
Os cnidários causam cerca de 25% dos acidentes provocados por animais marinhos, especialmente as águas-vivas e caravelas. O quadro clínico dos acidentes por cnidários é típico, com aparecimento logo após o contato de placas vermelhas, que coçam, inchadas, lineares ou arredondadas e dor intensa, característica do acidente. Eventualmente, com componente neurotóxico e cardiotóxico. Dor de difícil controle, dispneia, tosse, coriza e arritmia cardíaca podem ser indicativos de quadros mais graves e necessitam atendimento hospitalar.

As medidas de primeiros socorros para acidentes por águas-vivas e caravelas exigem compressas de água do mar geladas (ou aplicação de cold packs, que são bolsas de gel utilizadas para conservar vacinas e soros) para controle da dor e banhos de vinagre, que desnaturam o veneno, no local atingido. A aplicação de água doce pode agravar o quadro.


Dr. Adriano Almeida é especializado em dermatologia, diretor da Sociedade Brasileira do Cabelo, pós-graduado em medicina estética e professor da pós-graduação da Fundação Pele Saudável. CRM 119415




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